quinta-feira, 10 de junho de 2010

Camomila

Foi de repente.
(antes de lerem, quero que saibam que cansei dos meus textos, formato tão fechado, enjoativo, mas só mais dessa vez vou escrever desse jeito, vou tentar mudar, mas amanhã, por que amanhã algo muda)

Hoje ouvi muita coisa e acabei falando pouca. Logo eu que falo mais rápido do que penso, hoje acabei pensando rápido para resolver meu contratempo.
A humanidade está atrás de soluções para tornar nossa vida mais longa possível, "Vida média no Japão é superior há 81 anos" disse o jornal um dia desses, mas eu percebi que estou correndo contra essa vontade, porque meus minutos passaram a ser apenas milésimos, e o restante da noite que há pouco tempo era eterno, virou um piscar de olhos. As folhas do calendário já tem viva própria, passam rápidas correndo atrás de algo que ainda não pensei. Os trinta dias do mês passado já foram arquivados, mas hoje vieram me visitar.
Todos eles me deram boas vindas, contaram um pouco do que aconteceu comigo. Mudança? Será? "Você mudou!", me disseram. "Me mudaram", eu completo sem tentar alongar a conversa, pois ainda mantenho meu ideal de corte de inutilidades. [grande arcadismo]
Mas o INUTILIA TRUNCAT que tanto persigo, é uma das únicas coisas que guardo do eu original.
Deixei de escutar meus cds. Deixei alguns quilos.
Notícias? Já me contento com as que eu mesmo faço.
Esqueci de pagar a conta, esqueci de ligar pros meus pais...
Dimini minhas hora de sono para ver se o interfone toca no meio da noite, atendo e diz do outro lado do aparelho:"sou eu..."
Camomila.
Estou meio lento. Estar lento não é algo tão ruim. Eu digo que é culpa do chá. Não acreditam quando digo que meu corpo fica calmo, mas meu coração é como se estivesse sendo alimentado por taurina.

"Ser feliz". Ela disse que esse é o plano que traçou.
E digo que há diferença quando escolhemos como chegar nesse objetivo.
(Nossa que sono)
Mesmo sem ter feito uma pergunta, respondo ela sem dizer nada, apenas para mim, que nessa estrada até o plano, eu vou estar no meio do asfalto pedindo carona.

Tá, tem a estrada, tem a viagem, mas e o mapa?
Estou meio cansado pra te dizer ao exato como vou chegar e pedir carona nessa felicidade, mas eu lembro que pedi uma ajuda: um lápis.
"Poxa, mas um lápis?"
É cara/mara leitora...
Não tenho um mapa, mas eu insisto que leve o lápis que pedi, assim podemos traçar com a ajuda de seus olhos, o nosso destino.

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